Os Parricidas

LUÍS NOVAIS

Esfera Contemporânea / 11
144 pp

Formato: 15cm x 22,50cm
ISBN:
Data de Publicação: Fevereiro de 2009
PVP: 15,90 euros
 

“Foi a treze de Maio que avistei o Diabo.”
É desta forma que o anti-herói deste livro começa a des­crição da sua saga. A saga duma mente esquizofrénica aluci­nada pela missão que lhe foi dada pelo Diabo e que nos é assim des­crita:“Por fim ele levou a cigarrilha à boca. Sorveu-a pausa­damente: como se fosse dono do tempo. Expirou uma bafo­rada: como se continuasse dono do tempo. Os olhos cinzen­tos ficaram ainda mais faiscantes. Olhou-me nos meus. Disse-me tudo o que me disse naquela aparição. Disse-o com uma voz indefinível: simultaneamente imperativa e melo­diosa…”
Seguem-se outras quatro aparições e a promessa dum sinal.
Mais do que um livro escrito na primeira pessoa por um alienado mental, “Os Parricidas” faz-nos reflectir sobre os pés de barro dos nossos dogmas civilizacionais e lança-nos nos abismos das pseudocertezas do Homem moderno.

SOBRE O LIVRO:

“Quando o Sol se põe em Machu Pichu”, a obra de estreia de Luís Novais, surpreendia pela novidade como romance e pela singularidade do estilo. Com o seu segundo romance, “Os Parricidas”, o autor volta a surpreender-nos. Desta vez, as fontes de inspiração são claras: nada mais, nada menos do que Dostoiewski, Kafka, Camus e Gogol. Há que louvar a força e a originalidade de um romance que não teme acolher-se sob a tutela de tão altos mestres.
António-Pedro Vasconcelos, Realizador

A fluência do discurso e uma prosa claramente domesticada emprestam a esta prematura obra de maturidade uma clareza particularmente atraente.
Artur Castro Neves, Sociólogo

… “Os Parricidas” surpreendem por quanto releva de uma opção que prefere o despoja­mento ao barroco, a reflexão à inocuidade, a frescura, o pendor minimalista e o olhar conspectivo aos estereótipos da banalização e do desgarre sentimental.
José Manuel Mendes, Escritor

SOBRE O AUTOR:
Cidadão do Mundo nascido em Braga é o mais velho de uma família de cinco irmãos. Até ao momento escreveu três obras de ficção: “Quando o Sol se põe em Machu Pichu” (Esfera do Caos Editores, 2008), que está a ser traduzida para a língua inglesa, e, para além de “Os Parricidas”, que agora se dá à estampa, uma terceira a publicar brevemente. Está já a trabalhar num novo livro ― o quarto, portanto.
“Escrever é construir mitos. É apreender um mundo que de outra forma seria desesperantemente absurdo. E talvez o mito seja isso mesmo: a única resposta possível para a pergunta mais humana
Luís Novais é um escritor viajante. Vive entre Braga, Lisboa e o resto do mundo. “Habitamos num pequeno pedaço de universo. Mas também vivemos o sonho. E esse é grande